Projeto de rastreio precoce do autismo é aprovado pela Câmara
Foi encaminhada para sanção da Prefeita Elizabeth Schimit (PSD) a redação final do projeto de lei 019/2021 que prevê a aplicação de testes de triagem do Transtorno do Espectro do Autismo em todas as unidades básicas de saúde de Ponta Grossa. O projeto, de autoria do vereador Felipe Ramon dos Passos (PSDB), foi aprovado na sessão ordinária dessa quarta-feira (28), com a presença de mães, pais, profissionais e representantes de várias instituições do município em defesa do PL que estabelece a utilização de um procedimento utilizado em vários países, conhecido como M-CHAT.
M-CHAT é cientificamente conhecido como Modified Checklist for Autism in Toddlers, que é a escala para rastreamento de autismo modificada. Felipe explica que este questionário tem por objetivo identificar sinais de autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças na faixa etária entre 16 e 36 meses. O teste é composto por 23 questões tipo sim/não, deve ser respondido pelos pais ou responsáveis da criança, e tratam sobre o comportamento da mesma, como apontar para um brinquedo, e suas expressões, como se o filho sorri em resposta ao seu rosto ou ao seu sorriso.
Afirma ainda Passos, que é importante que os pais respondam o questionário, para que, no caso de a criança ter indícios do distúrbio, ela possa ser encaminhada a um especialista para iniciar o tratamento multidisciplinar, englobando médicos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos e pedagogos. E evidencia a necessidade e urgência para que um neuropediatra seja disponibilizado junto a uma parceria à Aproaut, instituição que já é referência em Ponta Grossa.
Salienta sua fala, explanando sua alegria em ter o projeto de Rastreamento do Autismo pelo M-CHAT aprovado, pois acredita-se que há muito mais que 3 mil crianças e famílias que precisam de acompanhamento pós rastreio em Ponta Grossa, sendo que no mundo, estima-se que uma em cada 59 crianças é diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista. Finaliza lembrando que “Esse é ´um primeiro passo´ pois a criança diagnosticada cedo com o transtorno pode ter um acompanhamento, desenvolvimento e estímulo adequado, melhorando sua qualidade de vida e de sua família.
Questionado se será preciso realizar alguma capacitação com os profissionais da rede municipal de Saúde, Felipe diz que sim, e que deve ficar para depois da sanção da Prefeita.